Tema do trabalho: Albumina e seus efeitos em indivíduos do sexo masculino e feminino, de diversos pesos, alturas e outras características.
Autores: Ana Clara Santos,Thaiane Maia e Thiago Santos
Curso: Farmácia
Blog dedicado ao trabalho de Bioestatística. Autores: Ana Clara Santos, Thaiane Maia e Thiago Santos, alunos da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
Introdução
A albumina é uma proteína de rico valor biológico que é encontrada no plasma do sangue e sintetizada no fígado. A mesma também pode ser encontrada no ovo e no leite. As principais funções da albumina no corpo humano são a manutenção da pressão osmótica, o transporte de hormônios produzidos pela tireóide, o transporte de ácidos graxos livres, o transporte de hormônios lipossolúveis, o controle do ph, dentre outros.
A diminuição da albumina livre abaixo de seus valores considerados normais (entre 3,5 e 5,0 gramas por decilitro de sangue) pode gerar certas patologias, como: cirrose hepática, por diminuição de síntese hepática, transtornos intestinais, pela má absorção de aminoácidos durante a digestão e desnutrição. Em pacientes com doenças agudas e crônicas, a concentração de albumina plasmática é inversamente proporcional ao risco de morte. Em caso de quadros clínicos críticos, a redução da concentração da albumina plasmática é uma manifestação de doenças que afetam a regulação metabólica da albumina, mas não depende de sua base nutricional. Uma revisão sistemática de estudos de coorte estimou um aumento do risco de morte entre 24% e 56%, a cada decréscimo de 2,5g/dl no nível de albumina no sangue (albuminemia).
A albuminemia não é considerada um bom marcador nutricional, pois a efetividade da administração parenteral de albumina humana (AH) para o restabelecimento do equilíbrio oncótico permanece controversa e a mesma é pobre em triptofano, um aminoácido essencial. Sua vida média de 18 dias é longa e as proteínas só podem ser absorvidas após a quebra em aminoácidos.
De acordo com os protocolos clínicos internacionais, a administração de AH para reposição nutricional não é apropriada. Porém, há quem a considere efetiva em presença de albuminemia menor que 2,0g/dl ou de perdas líquidas maiores que 2 litros/dia, por diarréia refratária à terapêutica convencional. Nas baixas concentrações de albumina relacionadas a doenças hepáticas agudas e transplantes hepáticos, a administração artificial de AH é considerada efetiva e apropriada, devido ao comprometimento da síntese protéica.
Objetivo
Analisar, a partir de argumentos estatísticos, a adequação da prescrição da albumina humana, para reposição nutricional, nos hospitais da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, e explora a relação entre indivíduos e a qualidade da prescrição de medicamentos.
Descrição de dados
A população de estudo é composta por cinqüenta pacientes com mais de vinte anos, internados nos hospitais da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, entre setembro/2009 e outubro/2009, que receberam albumina humana durante a internação para reposição nutricional. Visto que as informações de exames clínicos são sigilosas e que para o devido fim (trabalho de bioestatística), não se submeteu nenhum pedido junto ao conselho de ética regional, os valores dos ensaios clínicos que não interessavam (como concentração de potássio plasmática e contagem de plaquetas) foram ignorados.
As variáveis independentes utilizadas no estudo são de dois tipos. As referentes aos pacientes são as demográficas (idade, sexo, altura, e outras) e as clínicas (albuminemia). As internações foram classificadas como de uso adequado ou inadequado, com relação à prescrição de AH em casos de desnutrição, a partir dos critérios de quatro protocolos clínicos do Brasil e de outros países e sintetizadas em outra publicação.
O critério adotado para considerar uma indicação adequada foi à presença de diagnósticos relacionados à doença hepática grave, o que compromete a síntese de albumina. Os demais diagnósticos foram considerados inadequados. Embora outras condições clínicas possam justificar o uso de albumina humana, como a albuminemia menor que 2,0g/dl e as perdas líquidas maiores que 2 litros/dia, elas não foram consideradas por não haver informação disponível. A doença hepática grave é a única informação que permite avaliar a pertinência do uso de albumina humana e, também, a mais consistente com os critérios apontados nos protocolos consultados e na literatura.
Análise estatística
As características gerais dos pacientes, das internações e dos padrões de uso de AH foram analisadas por meio da distribuição de freqüências acumulada e relativa, com as respectivas proporções, porcentagem, densidade, centro de classe e gráficos de dispersão.
Além disso, foram utilizados dados como idade, sexo, peso, altura, classe socioeconômica, escolaridade, albuminemia, se ingere álcool em excesso, se toma mais de um medicamento e se teve efeito adverso.
Gráficos de sexo
Sexo | Frequência | Frequência Acumulada | Frequência Relativa | Porcentagem |
Feminino | 23 | 23 | 0,460 | 46,0% |
Masculino | 27 | 50 | 0,540 | 54,0% |
TOTAL | 50 | 100 | 1 | 100% |
Gráficos da idade
Idade | Centro de classe | Freqüência | Freqüência Acumulada | Freqüência relativa | Porcentagem |
20├ 30 | 25 | 11 | 11 | 0,220 | 22,0% |
30├ 40 | 35 | 11 | 22 | 0,220 | 22,0% |
40├ 50 | 45 | 9 | 31 | 0,180 | 18,0% |
50├ 60 | 55 | 3 | 34 | 0,060 | 6,0% |
60├ 70 | 65 | 8 | 42 | 0,160 | 16,0% |
70├ 80 | 75 | 8 | 50 | 0,160 | 16,0% |
TOTAL | 50 | 100 | 1 | 100% |
Gráficos de altura
Altura | Centro de classe | Frequência | Frequência Acumulada | Frequência Relativa | Porcentagem |
1,50├ 1,55 | 1,525 | 0 | 0 | 0,00 | 0,0% |
1,55├ 1,60 | 1,575 | 1 | 1 | 0,02 | 2,0% |
1,60├ 1,65 | 1,625 | 7 | 8 | 0,14 | 14,0% |
1,65├ 1,70 | 1,675 | 10 | 18 | 0,20 | 20,0% |
1,70├ 1,75 | 1,725 | 7 | 25 | 0,14 | 14,0% |
1,75├ 1,80 | 1,775 | 10 | 35 | 0,20 | 20,0% |
1,80├ 1,85 | 1,825 | 9 | 44 | 0,18 | 18,0% |
1,85├ 1,90 | 1,875 | 6 | 50 | 0,12 | 12,0% |
TOTAL | 50 | 100 | 1,00 | 100,0% |
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