terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Tema do trabalho: Albumina e seus efeitos em indivíduos do sexo masculino e feminino, de diversos pesos, alturas e outras características.

Autores: Ana Clara Santos,Thaiane Maia e Thiago Santos

Curso: Farmácia

sábado, 11 de dezembro de 2010

Introdução

            A albumina é uma proteína de rico valor biológico que é encontrada no plasma do sangue e sintetizada no fígado. A mesma também pode ser encontrada no ovo e no leite. As principais funções da albumina no corpo humano são a manutenção da pressão osmótica, o transporte de hormônios produzidos pela tireóide, o transporte de ácidos graxos livres, o transporte de hormônios lipossolúveis, o controle do ph, dentre outros.
            A diminuição da albumina livre abaixo de seus valores considerados normais (entre 3,5 e 5,0 gramas por decilitro de sangue) pode gerar certas patologias, como: cirrose hepática, por diminuição de síntese hepática, transtornos intestinais, pela má absorção de aminoácidos durante a digestão e desnutrição. Em pacientes com doenças agudas e crônicas, a concentração de albumina plasmática é inversamente proporcional ao risco de morte. Em caso de quadros clínicos críticos, a redução da concentração da albumina plasmática é uma manifestação de doenças que afetam a regulação metabólica da albumina, mas não depende de sua base nutricional. Uma revisão sistemática de estudos de coorte estimou um aumento do risco de morte entre 24% e 56%, a cada decréscimo de 2,5g/dl no nível de albumina no sangue (albuminemia).
                 A albuminemia não é considerada um bom marcador nutricional, pois a efetividade da administração parenteral de albumina humana (AH) para o restabelecimento do equilíbrio oncótico permanece controversa e a mesma é pobre em triptofano, um aminoácido essencial. Sua vida média de 18 dias é longa e as proteínas só podem ser absorvidas após a quebra em aminoácidos.  
           De acordo com os protocolos clínicos internacionais, a administração de AH para reposição nutricional não é apropriada. Porém, há quem a considere efetiva em presença de albuminemia menor que 2,0g/dl ou de perdas líquidas maiores que 2 litros/dia, por diarréia refratária à terapêutica convencional. Nas baixas concentrações de albumina relacionadas a doenças hepáticas agudas e transplantes hepáticos, a administração artificial de AH é considerada efetiva e apropriada, devido ao comprometimento da síntese protéica.

Objetivo

         Analisar, a partir de argumentos estatísticos, a adequação da prescrição da albumina humana, para reposição nutricional, nos hospitais da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, e explora a relação entre indivíduos e a qualidade da prescrição de medicamentos.

Descrição de dados

         A população de estudo é composta por cinqüenta pacientes com mais de vinte anos, internados nos hospitais da região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, entre setembro/2009 e outubro/2009, que receberam albumina humana durante a internação para reposição nutricional. Visto que as informações de exames clínicos são sigilosas e que para o devido fim (trabalho de bioestatística), não se submeteu nenhum pedido junto ao conselho de ética regional, os valores dos ensaios clínicos que não interessavam (como concentração de potássio plasmática e contagem de plaquetas) foram ignorados.
        As variáveis independentes utilizadas no estudo são de dois tipos. As referentes aos pacientes são as demográficas (idade, sexo, altura, e outras) e as clínicas (albuminemia). As internações foram classificadas como de uso adequado ou inadequado, com relação à prescrição de AH em casos de desnutrição, a partir dos critérios de quatro protocolos clínicos do Brasil e de outros países e sintetizadas em outra publicação.   
        O critério adotado para considerar uma indicação adequada foi à presença de diagnósticos relacionados à doença hepática grave, o que compromete a síntese de albumina. Os demais diagnósticos foram considerados inadequados. Embora outras condições clínicas possam justificar o uso de albumina humana, como a albuminemia menor que 2,0g/dl e as perdas líquidas maiores que 2 litros/dia, elas não foram consideradas por não haver informação disponível. A doença hepática grave é a única informação que permite avaliar a pertinência do uso de albumina humana e, também, a mais consistente com os critérios apontados nos protocolos consultados e na literatura.

Análise estatística

       As características gerais dos pacientes, das internações e dos padrões de uso de AH foram analisadas por meio da distribuição de freqüências acumulada e relativa, com as respectivas proporções, porcentagem, densidade, centro de classe e gráficos de dispersão.
       Além disso, foram utilizados dados como idade, sexo, peso, altura, classe socioeconômica, escolaridade, albuminemia, se ingere álcool em excesso, se toma mais de um medicamento e se teve efeito adverso.

Gráficos de sexo

Sexo
Frequência
Frequência Acumulada
Frequência Relativa
Porcentagem
Feminino
23
23
0,460
46,0%
Masculino
27
50
0,540
54,0%
TOTAL
50
100
1
100%



Gráficos da idade

Idade
Centro de classe
Freqüência
Freqüência Acumulada
Freqüência relativa
Porcentagem
20├ 30
25
11
11
0,220
22,0%
30├ 40
35
11
22
0,220
22,0%
40├ 50
45
9
31
0,180
18,0%
50├ 60
55
3
34
0,060
6,0%
60├ 70
65
8
42
0,160
16,0%
70├ 80
75
8
50
0,160
16,0%
TOTAL
50
100
1
100%





Gráficos de altura


Altura
Centro de classe
Frequência
Frequência Acumulada
Frequência Relativa
Porcentagem
1,50├ 1,55
1,525
0
0
0,00
0,0%
1,55├ 1,60
1,575
1
1
0,02
2,0%
1,60├ 1,65
1,625
7
8
0,14
14,0%
1,65├ 1,70
1,675
10
18
0,20
20,0%
1,70├ 1,75
1,725
7
25
0,14
14,0%
1,75├ 1,80
1,775
10
35
0,20
20,0%
1,80├ 1,85
1,825
9
44
0,18
18,0%
1,85├ 1,90
1,875
6
50
0,12
12,0%
TOTAL
50
100
1,00
100,0%