Entre setembro/2009 e outubro/2009, houve 50 internações de maiores de 20 anos, nas quais foi usada a AH para reposição nutricional, e consumidos 972 frascos de AH a 20%. A albuminemia totalizou 183,70 g/dL com média de 3,67 g/dL e outros valores como mediana, variância, moda, desvio médio e desvio padrão visto na tabela com todos os dados.
Conforme essa tabela, a mediana de idade foi 44,50 anos, e no total de internações 46% eram mulheres. O hospital foi responsável por 87% das internações e do total de pacientes apenas 5% necessitaram atendimento em unidade de tratamento intensivo. O consumo mediano de AH foi de 5 frascos. O uso de AH para desnutrição foi classificado como inadequado em 91% das internações.
A importância da avaliação da qualidade da prescrição da AH é justificada por ser esse um medicamento hemoderivado muito utilizado de forma empírica na prática clínica, em desacordo com as diretrizes dos protocolos. No Brasil, os estudos sobre o problema são escassos e a ANVISA publicou, em 2004, diretrizes nacionais para a indicação terapêutica da AH, elaboradas por um grupo de especialistas.
Um dos propósitos atingidos pelo estudo foi conhecer o problema do uso inadequado da AH. Para tanto, escolheu-se a administração de AH na baixa concentração de albumina, como repositor nutricional, por ser uma indicação notadamente inapropriada. Outro propósito do estudo foi investigar a viabilidade da qualidade da utilização de medicamentos. Explora a relação entre indivíduos e a qualidade da prescrição de medicamentos.
No desenvolvimento desse estudo é preciso estar atento a aspectos da extração de dados, entre eles, a necessidade de busca de informações em todos os campos pertinentes. Por exemplo, nesse estudo, as condições clínicas ligadas à desnutrição aparecem, em 14% das internações, apenas no campo do procedimento realizado, em 25% apenas nos campos do diagnóstico, e em 61% em ambos os campos.
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