sábado, 11 de dezembro de 2010

Introdução

            A albumina é uma proteína de rico valor biológico que é encontrada no plasma do sangue e sintetizada no fígado. A mesma também pode ser encontrada no ovo e no leite. As principais funções da albumina no corpo humano são a manutenção da pressão osmótica, o transporte de hormônios produzidos pela tireóide, o transporte de ácidos graxos livres, o transporte de hormônios lipossolúveis, o controle do ph, dentre outros.
            A diminuição da albumina livre abaixo de seus valores considerados normais (entre 3,5 e 5,0 gramas por decilitro de sangue) pode gerar certas patologias, como: cirrose hepática, por diminuição de síntese hepática, transtornos intestinais, pela má absorção de aminoácidos durante a digestão e desnutrição. Em pacientes com doenças agudas e crônicas, a concentração de albumina plasmática é inversamente proporcional ao risco de morte. Em caso de quadros clínicos críticos, a redução da concentração da albumina plasmática é uma manifestação de doenças que afetam a regulação metabólica da albumina, mas não depende de sua base nutricional. Uma revisão sistemática de estudos de coorte estimou um aumento do risco de morte entre 24% e 56%, a cada decréscimo de 2,5g/dl no nível de albumina no sangue (albuminemia).
                 A albuminemia não é considerada um bom marcador nutricional, pois a efetividade da administração parenteral de albumina humana (AH) para o restabelecimento do equilíbrio oncótico permanece controversa e a mesma é pobre em triptofano, um aminoácido essencial. Sua vida média de 18 dias é longa e as proteínas só podem ser absorvidas após a quebra em aminoácidos.  
           De acordo com os protocolos clínicos internacionais, a administração de AH para reposição nutricional não é apropriada. Porém, há quem a considere efetiva em presença de albuminemia menor que 2,0g/dl ou de perdas líquidas maiores que 2 litros/dia, por diarréia refratária à terapêutica convencional. Nas baixas concentrações de albumina relacionadas a doenças hepáticas agudas e transplantes hepáticos, a administração artificial de AH é considerada efetiva e apropriada, devido ao comprometimento da síntese protéica.

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